domingo, 15 de junho de 2008


Leonardo Boff nasceu em Concórdia, Santa Catarina, aos 14 de dezembro de 1938. É neto de imigrantes italianos da região do Veneto, vindos para o Rio Grande do Sul no final do século XIX.Fez seus estudos primários e secundários em Concórdia-SC, Rio Negro-PR e Agudos-SP. Cursou Filosofia em Curitiba-PR e Teologia em Petrópolis-RJ. Doutorou-se em Teologia e Filosofia na Universidade de Munique-Alemanha, em 1970. Ingressou na Ordem dos Frades Menores, franciscanos, em 1959.
Durante 22 anos, foi professor de Teologia Sistemática e Ecumênica em Petrópolis, no Instituto Teológico Franciscano. Professor de Teologia e Espiritualidade em vários centros de estudo e universidades no Brasil e no exterior, além de professor-visitante nas universidades de Lisboa (Portugal), Salamanca (Espanha), Harvard (EUA), Basel (Suíça) e Heidelberg (Alemanha).
Esteve presente nos inícios da reflexão que procura articular o discurso indignado frente à miséria e à marginalização com o discurso promissor da fé cristã gênese da conhecida Teologia da Libertação. Foi sempre um ardoroso defensor da causa dos Direitos Humanos, tendo ajudado a formular uma nova perspectiva dos Direitos Humanos a partir da América Latina, com "Direitos à Vida e aos meios de mantê-la com dignidade".
É doutor honoris causa em Política pela universidade de Turim (Itália) e em Teologia pela universidade de Lund (Suécia), tendo ainda sido agraciado com vários prêmios no Brasil e no exterior, por causa de sua luta em favor dos fracos, dos oprimidos e marginalizados e dos Direitos Humanos.
De 1970 a 1985, participou do conselho editorial da Editora Vozes. Neste período, fez parte da coordenação da publicação da coleção "Teologia e Libertação" e da edição das obras completas de C. G. Jung. Foi redator da Revista Eclesiástica Brasileira (1970-1984), da Revista de Cultura Vozes (1984-1992) e da Revista Internacional Concilium (1970-1995).
Em 1984, em razão de suas teses ligadas à Teologia da Libertação, apresentadas no livro "Igreja: Carisma e Poder", foi submetido a um processo pela Sagrada Congregação para a Defesa das Fé, ex Santo Ofício, no Vaticano. Em 1985, foi condenado a um ano de "silêncio obsequioso" e deposto de todas as suas funções editoriais e de magistério no campo religioso. Dada a pressão mundial sobre o Vaticano, a pena foi suspensa em 1986, podendo retomar algumas de suas atividades.
››› na cadeira de Galilei Galileu
Em 1992, sendo de novo ameaçado com uma segunda punição pelas autoridades de Roma, renunciou às suas atividades de padre e se auto-promoveu ao estado leigo. "Mudou de trincheira para continuar a mesma luta": continua como teólogo da libertação, escritor, professor e conferencista nos mais diferentes auditórios do Brasil e do estrangeiros, assessor de movimentos sociais de cunho popular libertador, como o Movimento dos Sem Terra e as comunidades eclesiais de base (CEB's), entre outros.
Em 1993 prestou concurso e foi aprovado como professor de Ética, Filosofia da Religião e Ecologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Em 8 de Dezembro de 2001 foi agraciado com o premio nobel alternativo em Estocolmo (Right Livelihood Award).
Atualmente vive no Jardim Araras, região campestre ecológica do município de Petrópolis-RJ e compartilha vida e sonhos com a educadora/lutadora pelos Direitos a partir de um novo paradigma ecológico, Marcia Maria Monteiro de Miranda. Tornou-se assim ‘pai por afinidade’ de uma filha e cinco filhos compartilhando as alegrias e dores da maternidade/paternidade responsável. Vive, acompanha e re-cria o desabrochar da vida nos "netos" Marina , Eduardo, Maira, Luca e Yuri.
É autor de mais de 60 livros nas áreas de Teologia, Espiritualidade, Filosofia, Antropologia e Mística. A maioria de sua obra está traduzida nos principais idiomas modernos.
Projetos

Atuando de forma orgânica desde 1979, o CDDH vem dando, no decorrer deste período, inúmeras contribuições para o crescimento das organizações populares e conseqüentemente na sua luta pelos Direitos Humanos fundamentais.O CDDH nasceu numa época de grande fecundidade de Movimentos Populares no Brasil e na América Latina: centrais sindicais, central de movimentos populares, pastorais populares, CEB’s, partidos populares, movimentos de povos indígenas, de negros, de mulheres, de sem-terra, de moradia, de saúde e muitos outros.Todos esses movimentos de base tiveram um grande impulso de importantes setores das Igrejas que estiveram comprometidos com a construção da cidadania e a transformação da sociedade a partir dos empobrecidos. A Teologia da Libertação tornou-se, então, a inspiradora de amplos setores de cristãos (e até de não-cristãos) que desenvolviam sua prática política embasados na sua fé.O CDDH tem por objetivo maior a construção da cidadania plena dos empobrecidos e excluídos da sociedade a partir mesmo de seu lugar social e trabalhando ao máximo para que sejam eles o sujeito deste processo. Entendemos como cidadania plena o respeito integral a todos os direitos da pessoa humana e a existência de condições materiais, sociais, políticas e culturais para que este processo se perpetue pelas gerações. Trata-se da construção de uma sociedade humana verdadeiramente democrática e participativa, que reconheça a diferença e os direitos das minorias, e que seja visceralmente solidária e fraterna. Buscando manter o máximo de coerência com o objetivo geral e esforçando-se para que ele esteja presente no bojo de cada atividade desenvolvida pelo CDDH, são colocados como objetivos específicos do projeto os seguintes pontos:
- Assessoria aos Movimentos Populares- Fomento à organização comunitária- Apoio jurídico às lutas populares- Educação para os Direitos Humanos- Organização de grupos de produção- Profissionalização de adolescentes

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